as curas se convém;
- Rita, você, que aparenta ser tão doce e dura,
o que traria de novo para o mundo agora?
- Eu? Tem certeza? Já passou da minha hora de responder perguntas.
Estou pelos olhares e gestos e pelo acaso da música.
- Mas Rita... tente falar algo novo, que quebre com nosso marasmo.
Esse vinho que não desce de tão seco. Essa tinta que não sai, enfim, volte a falar frases com sentido, não gosto de te ver tão destraída, descasada, fudida.
- Tá bom, ... Eu traria de novo para o mundo o maravilhoso dom de se tele-trans portar.
- Ai que sem graça, só essa utopia ridícula?
- Ok. Vou vou falar:
Vá você se foder!
como sempre quis te desejar.
Tome consciência da sua inquietação.
Não me chame mais pra passeios lúdicos, não reclame do meu jeito nem de minhas cenas mudas e "tal e coisa e coisa e tal".
Sou a coceira no teu ouvido, o espinho da rosa no centro da tua testa, e
mil outras coisas bonitas de se falar, sou teu tudo e teu nada. Entendeu?
Porque pouco me importa se não gostou.
Bem pouco me interessa o que vamos fazer a partir de agora..
saia cantando, se caia no mundo
no momento não é possível entrar no mar.
a cruzada é densa quando não há nada a cativar,
te vira.
Não gosto de vê-lo tão vazio.
Não tenho saco de te ocupar.