terça-feira, novembro 29, 2005

tângrito.

tem um casal aqui no vão entre os prédios.
eles devem ser felizes.
espero. esperamos todos.
os dois - imagino que um homem e uma muher- pois ela
se comporta como a fechadura do calabouço e ele como a chave, grande.

agudos, graves, todos.

são gritos longos, curtos, cuspidos.
fazem 3 horas que, de 9 em 9 minutos, novos suspiros e intensidades ecoam.
não que eu esteja sentindo falta, ou preocupada com a vida alheia,
mas fico imaginando crianças sem sono ou velinhos que nem conseguiram dormir.
minha mãe certamente diria: Mas Rita, isto é um abuso!

ouvindo tamanho prazer, logo imaginei tantrismos,
mas nunca pensei que tantra poderia ser assim tão, mas tãoooo
histérico!!

om.

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