Se pudesse me definir agora, nesta terça-feira chuvosa escolheria aquela famosa palavra: Saudade.
Vou sentir saudade de mim, dos dois irmãos, do arpoador e do mate gelado.
Dos arcos da lapa, de subir de bonde em Santa, de fingir que sou hype pela Urca, vou sentir saudades da Prainha,
do rasta Hemp e até de Grumari.
Vou sentir saudades da minha rua, das ruas que eu passava, da vista linda da sacada da Beta, da casa da "família", do Odeon e seu Cine Cachaça, das subidas no Pão de Açucar, das poucas idas lindas às Paineiras, do Paço Imperial e da Livraria da Travessa.Da Rua do Rosário, do Bibi do Leblon, do BipBip aos domingos, dos dias lindos.
Vou sentir saudades do Delírio da Garcia Dávila, da esperança de cruzar com o Chico, e até das incansáveis Guanabaras...
Vou sentir saudades da Mangueira, de pegar a suntuosa Niemeyer, e até de chegar na Barra.
Da estação Uruguaiana e dos últmos funks atolados do Saara.
Vou sentir falta do cheiro sujo de Copacabana, das idas ao Forte, da Colombo do centro, do Cine Santa e do Mineiro, de ver passar o bloco das Carmelitas e evidentemente do baixo gávea.. Vou sentir falta das quintas e segundas, do Laerte e do Sorriso, do vendedor de amendoim, das meninas do chiclete, do Sergio Porto e o ilustre CEP, da subida ao Cristo, de mandar um beijo pra ele...
De encontrar tantas janelas que são molduras. Tantas fachadas- esculturas, tanta gente, gente mesmo.
Do samba no Macaco nem se fala, do Parque Lage pela manhã, das idas à estação Maria da Graça. Ah! Se vou.
O Largo do Machado pegando fogo, daquela casa no Cosme Velho, e principalmente os pontos energéticos da Pedra da Gávea.
Vou sentir,sim.
De pegar a chalandra no Itanhangá, de subir e descer pelo Alto da Boa Vista, das entradas na Joatinga.
Já sinto, inclusive.
Vou sentir saudade de atravessar a ponte, de chegar em casa acelerada, de andar de bike desvairada, da minha mochila verde, do Mundo Verde, e da Orquestra Imperial.
Do Rio Scenarium e do Arco-Íris, dos delirantes shows no meu querido Circo,
do Odisséia e da noite do samba no Teatro Municipal.
Já tenho saudades dO Ser Marinho, da tela do jockey-air e dos super eventos da Nanda.
Tenho saudade da dança do Ciranda. E das conversas bobas que jogamos fora..
Da euforia de algumas pistas, do Empório em outras línguas, daquele portão de ferro em laranjeiras, das havaianas brasileiras, do Leme, Macumba e Coqueirão.
Ah, mas eu vou mesmo!
Por isso decidi permanecer bem viva, só assim eu posso matar !
segunda-feira, novembro 13, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
sois nóis
a prática da alma ensina mais que qualquer
os olhos na calma não mentem jamais
cílios não se escapam
o corpo guia esse bem que não sai
beleza macia
cheiro de mais
os olhos na calma não mentem jamais
cílios não se escapam
o corpo guia esse bem que não sai
beleza macia
cheiro de mais
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